blog de entrevistas com bandas de metal.nosso principal objetivo é apoiar a cena underground nacional e apoiar bandas de alguma forma a divulgar sua música.
sábado, 17 de novembro de 2007
NOSFERATU metal genocide!!!
NOSFERATU já vem trapando desde 1999.sempre seguindo aquela velha linha do heavy metal tradicional.com alguns registros como:
Savoring the blood (Demo-tape)
- 2003.
Returning to the Slaughter (Demo-Cd) - 2004.
Participação na coletanea "Valhalla demo section vol.2 com a música "Metal Genocide"
em breve o returning to the slaughter sairá no formato vinil com apenas 500 copias.vale resaltar que para quem é fã do mais puro heavy tradicional.NOSFERATU é um prato cheio.essa é o tipo da banda que dá orgulho de ouvir,músicas fortes,carregada de riffs marcantes.
falei com Hussein Salim que mostrou ser um cara muito gente fina.o line up da banda segue da seguinte maneira:
Hussein Salim (Lead Vocals/Lead Guitars), Kleber Padovan (Lead Guitar), Leonardo Mansano(Bass/Backin Vocals), Vinicius Kemp (Drums).
espero que voces curtam a entrevista e mais ainda o som do NOSFERATU!!!
See ya!!
edu
1. Conte-nos sobre o início da banda. A banda tinha um nome diferente no início.
Quando foi que você resolveu de vez batizar a banda de NOSFERATU?
Hussein: Bom, acredito que uma das coisas mais difíceis numa banda é escolher um nome para ela. A gente sempre ia arrumando nomes, mas depois de um tempo a gente enjoava dele e resolvíamos mudar hehe Alguns dos nomes que eu lembro agora são Shadow, ficamos um tempo com esse nome.
Passamos por problemas de mudança de formação e ficamos um tempo parados, quando conseguimos nos acertar, resolvemos mudar de nome, pois como a situação da banda era tipo um renascimento colocamos o nome de Born Again, influência do álbum do black sabbath do mesmo nome.
Fizemos uma única apresentação no condomínio onde eu morava com esse nome, aí pra variar por vários problemas de formação e falta de interesse dos integrantes que estavam na banda resolvemos encerrar as atividades.
Eu comecei a tocar com um pessoal de uma cidade vizinha chamada Hortolândia, mas fiquei apenas seis meses tocando com o pessoal, pois a coisa ali não iria pra frente, muitas vezes eu ia até lá pra ensaiar e o baixista não aparecia porque era dominado pela namorada hhehe
Aí é foda, todo final de semana você ficar se deslocando pra outra cidade com equipamentos e chegar lá e não ensaiar todo mundo.
Aí eu e o ex batera que gravou a primeira demo, estávamos com vontade de voltar com a banda, fomos atrás de outros integrantes e reformulamos a banda hehe
Foi quando surgiu o problema de novo do nome, dessa vez a coisa era mais séria, pois tínhamos achado integrantes com um nível técnico e musical muito superior aos primeiros integrantes e não podíamos perder tempo.
Quando estávamos procurando nome pra banda, vários foram sugeridos, mas o que acabou sendo escolhido foi Nosferatu, eu citei esse nome, pois ele era muito comentado no filme Drácula de Bram Stocker, todos concordaram e o nome ficou esse mesmo hehe.
Aí a primeira apresentação foi novamente no condomínio hehehe
2. Show no condomínio? Bem diferente... Nessa época sua vizinhança foi em peso assistir o NOSFERATU?
Hussein: Que nada muito pelo contrário, foi um tal de neguinho querendo boicotar que você nem imagina hehe. Na primeira vez quando a banda tinha outro nome, a gente tocou numa festa de final de ano que teria no condomínio, aí nem deu muito rolo porque os moradores nem estavam sabendo que a gente iria tocar. Aí chamamos mais os amigos mesmo.
O problema mesmo foi quando tocamos a primeira vez com o nome de Nosferatu, a banda já nasceu maldita hehe
Estava tudo certo pra tocarmos, o síndico já tinha deixado e tal, aí uns moradores filhos da puta quando souberam que iríamos tocar, já vieram falar um monte de merda na cabeça dele pra cancelar, o otário veio falar que a gente não ia tocar mais, a gente já tinha até contratado PA, mandado fazer flyer e já estávamos divulgando e vendendo ingressos.
Aí ficamos insistindo falando que senão tocássemos as coisas sairiam do nosso bolso.
Ele deixou a gente tocar desde que vendêssemos no máximo 100 ingressos hehehe
É mais do que óbvio que ele não contaria o tanto de pessoas que teriam no dia hehe vendemos muito mais ingressos do que foi combinado hehe
Aí no dia do show veio uma mulher fanática regiosa falando que o mundo estava pra acabar hehe veio falar que rock era coisa do demônio, falou todas as merdas que nós todos sabemos que esses fanáticos sempre falam.
Aí o síndico ainda veio falar no dia se a gente iria tocar mesmo porque o mercado aqui perto tinha sido roubado hehe
Eu queria saber o que tinha a ver o cú com a calça, mas tudo bem hehe
Ainda por cima quando estávamos montando toda a aparelhagem com o cara do PA, passando o som, regulando etc. tava chuviscando e ele veio falar, acho que vai chover vocês não acham melhor cancelar? Eu falei que não tinha o porquê de fazer isso, pois a gente tinha providenciado cobertura e não iria molhar nada sem falar que muita gente já tinha comprado ingresso.
Ou seja, o cara queria cancelar de todo jeito hehe
Mas no final acabou rolando e a galera curtiu bastante.
3. O que mais me chama atenção no som do NOSFERATU é que a banda segue aquele linha tradicional das bandas de heavy metal oitentista.não quero dizer que vocês são os únicos a fazer esse tipo de som,mas vocês fazem diferente e isso eu pude conferir no cd demo “RETURNING TO THE SLAUGHTER”.comente um pouco sobre esse cd demo.
Hussein: É verdade, fazemos um som totalmente influenciado pelas bandas dos anos 80 principalmente por bandas da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), sem falar que essa sempre foi a intenção da banda apesar de no começo tocarmos apenas covers de rock’n’roll e heavy metal quando a banda tinha outro nome.
Bom se fazemos um som diferente de outras bandas que fazem um som saudosista eu não sei te dizer ao certo, mas acho que isso acontece porque ouvimos vários estilos dentro do metal que vai desde o rock’n’roll até o black metal então acredito que essa mistureba de gostos musicais acabam influenciando na hora de compormos, mas tipo temos uma meta de não colocar nada que modernize o nosso som, desde timbres até na hora da composição, e por mais que a gente coloque um riff puxado pra outro estilo ele tem que se encaixar de uma forma que não modifique a música para que ela ainda soe como heavy metal.
4. Além desse vocês ainda tem “Savoring the blood”, Valhalla Demo Section vol.2
E em breve sairá a versão em vinil do “RETURNING TO THE SLAUGHTER”o que podemos esperar desse vinil além da capa que é diferente da versão da demo?
Hussein: Sim, possuímos mais materiais além do “Returning...”, primeiro lançamos a demo-tape “Savoring the Blood” na qual lançamos poucas cópias, uma média de 130 cópias. Na verdade a gente nem ia lançar esse material, mas com não havíamos pago todo o dinheiro no estúdio que gastamos pra gravar as músicas o cara do estúdio liberou alguns sons pra gente, aí resolvemos fazer a demo-tape, pois sem material gravado ficava complicado de conseguirmos arrumar lugares pra tocar e ainda precisávamos pagar o valor restante do estúdio pra pegar todo o material gravado.
Quando pegamos o dinheiro acertamos as contas no estúdio e lançamos o cd-demo “Returning to the Slaughter”, o cd teve uma boa aceitação tanto pela mídia expecializada e pelos bangers.
Com isso fomos convidados pela revista Valhalla para sair na coletânea “Valhalla Demo Section vol.2”, cada banda tinha direito de gravar uma música, resolvemos gravar a música “Metal Genocide”, pois era uma das músicas novas que não tínhamos gravada.
Recebemos o convite pra re-lançarmos a demo “Returning...” em LP pelo selo Dark Sun records, mas esse ainda não saiu ainda, está em fase de produção, sairá com outra capa, pois achamos a nova muito superior que a primeira, o disco sairá em edição limitada (500 cópias) e terá encarte com fotos, letras, biografia em português e inglês e ainda sairá com a música “Metal Genocide” de bônus.
Além desses materiais, saímos em uma coletânea em tape do zine Crush the Cross intitulada Burn the Cross, estamos pra sair em outra coletânea chilena e também relançaremos o Returning to the Slaughter em tape pelo selo boliviano Morbillus records que sairá com Metal Genocide de Bônus e mais dois covers que são Hammerhead da banda da NWOBHM chamada Tysongod e Bloody Countess da banda japonesa Metalucifer.
5. Músicas como EXECUTION, METAL GENOCIDE E minha preferida FULL MOON NIGHT. Provam que o NOSFERATU possui um jeito único para as músicas ficarem desse jeito. Qual é o processo de produção para elas entrarem no álbum?
Hussein: Então como eu lhe falei, eu não sei exatamente qual o motivo de as nossas músicas serem diferentes de outras bandas, quando vamos compor não nos prendemos a nada,a coisa vai fluindo, só tomamos certos cuidados como eu lhe falei pra não estragar o som.
Quanto ao processo pra elas entrarem no álbum, bem estamos com vários sons novos e quando formos gravar o álbum oficial, teremos que escolher algumas músicas da demo pra regravarmos, pois não caberão todas, dessas que você citou, acredito que FULL MOON NIGHT ficará de fora do debut álbum porque ela é muito grande e já gravaremos uma música mais comprida que ela hehe chama-se Satan’s Child que tem mais de 10 minutos hehe
Então se colocarmos duas músicas grandes vai ficar meio estranho, vamos dar prioridade pras músicas novas e regravar as mais diretas da demo, mas caso role depois de lançarmos mais álbuns (não lançamos nem o primeiro hehe) a gente lança as restantes, pois queremos lançar todas as músicas oficialmente.
6. A banda sofreu algumas mudanças recentemente. Atualmente você acha que essa é a formação ideal para o NOSFERATU?
Hussein: É verdade, não só sofremos mudanças apenas recentemente, mas desde que fundei a banda nunca conseguimos nos estabilizar por muito tempo.
O problema é que é difícil achar alguém que se enquadre pra tocar o nosso tipo de som, o pessoal não leva muito a sério as coisas, na maioria das vezes quando um membro vai entrar pra banda ele concorda com tudo que a gente fala pra ele só pra poder entrar pra banda, ta naquela puta empolgação, só que a medida que o tempo vai passando começam os relaxos, aí você cobra tudo aquilo que foi dito pra ele no começo e que ele havia concordado, mas a pessoa não melhora, aí você fala mais algumas vezes e nada muda, aí o inevitável acontece e a pessoa sai da banda.
Recentemente tivemos muitas mudanças, foi a época que mais mudamos de integrantes, agora só restou eu da formação original.
Os motivos variam, algumas vezes uns membros não estão satisfeitos com o tipo de som, querendo modernizá-lo e isso é uma coisa que jamais faremos, pois o integrante já entra na banda sabendo o tipo de som que será feito, outras vezes o cara falta muitas vezes do ensaio e por aí vai, como disse os motivos são muitos.
O que dificulta bastante pra gente é que é difícil arrumar integrantes, pois às vezes a gente acha uns integrantes que são firmeza em questão de ideologia, curte metal 80 e tal, mas é ruim no instrumento, as vezes acha uns caras que tocam bem, mas são uns totais cretinos que se acham e não tem ideologia nenhuma, nem sabem qual a luta da banda e só querem se aparecer, acham que são estrelas.
Tudo isso dificulta pra gente.
Acredito que essa seja a formação ideal, se bem que essa pergunta já me fizeram outras vezes e eu sempre achei que formações anteriores também seriam ideais hehe, então só o tempo vai dizer.
7. Banda está na ativa desde 1999 e tem vários registros. Vocês já pensaram em sair em tour pelo Brasil? Sei lá tocar no Norte ou Nordeste?
Hussein: Com certeza já pensamos em tocar nessa região, conhecemos bandas que já foram tocar por aí e falaram muito bem da cena local.
Aliás, nossa meta é sairmos pra tocar no Brasil inteiro, o problema é que falta muita estrutura pra fazermos isso, pois vai muito dinheiro e pra bancar do bolso fica impossível pra gente.
O maior motivo da nossa dificuldade é que não temos um CD oficial e os produtores geralmente pedem que a banda tenha pelo menos um para poderem fechar turnês.
Aos poucos a gente vai tocando na região e espalhando material por todos os lugares que conseguimos, com isso vamos tocando cada vez mais em lugares mais longes da nossa cidade heheh
Estamos com planos de entrar em estúdio para gravarmos o nosso debut álbum, acredito que em breve entraremos em estúdio, isso facilitará a nossa ida por essas regiões acredito eu hehehe
8. Seria muito bom ver vocês virem tocar aqui em Belém, visto que são poucas as bandas que fazem heavy metal tradicional por aqui. Vocês conhecem alguma coisa da cena local de nossa cidade, além do Samir do CRUSH THE CROSS?
A propósito foi ele que me falou sobre vocês...
Hussein: Agradeça o Samir por isso pra mim hehe
Então cara, não é só aí não que anda escasso de bandas de heavy metal tradicional.
Aqui é totalmente escasso também, aliás, acredito que no Brasil inteiro seja.
Hoje o pessoal na maioria das vezes não tem muito conhecimento de bandas de metal tradicional, conhecem mais as grandes bandas como Iron Maiden, Judas Priest, etc... Não acompanham a cena que existe no estilo que tocamos, aliás muitos nem tem conhecimento que existam bandas nacionais que ainda fazem esse tipo de som, pois atualmente existem outros estilos de metal que estão em mais evidência.
O que você encontra bastante de bandas que praticam esse estilo são bandas covers, mas essas nem contam.
Cara quanto a cena local da sua cidade não conheço muita coisa, conheço mesmo o grande Stress, inclusive trombei o Roosevelt na porta do show do Judas em São Paulo hehehe Eles tocariam um dia depois em São Paulo mesmo, mas não dava pra eu ir porque moro em outra cidade. De resto como eu disse tenho mais conhecimento da cena regional mesmo.
9. METAL GENOCIDE é uma ótima música de quem é ela?
Hussein: Obrigado hehe
Ela é uma composição minha, do antigo guitarrista Anderson Frias e do antigo vocalista Andherson Némer que nem chegou a gravá-la conosco, quem a gravou foi o vocalista Rogério que também não está mais na banda hehehe
10. Valeu mesmo Hussein Salim, espero ver vocês por aqui algum dia desses.
A galera do OUVIR – O – PESO Agradece.
Hussein: Obrigado cara, sou eu quem agradece pelo espaço cedido, tenho certeza que essa entrevista nos ajudará bastante para que os bangers locais passem a ter conhecimento da nossa banda, se bem que não serão apenas os locais, pois por ser um web zine, qualquer banger pode ter acesso e assim amplia mais a divulgação.
Com certeza tocaremos aí, quando eu ainda não sei hehe, mas espero que seja o mais breve possível hehehe
Abraço!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário